sexta-feira, 21 de maio de 2010

PS Óbidos na imprensa


“A evolução negativa de vários indicadores económico-financeiros da Câmara é já uma realidade e, se não forem tomadas, com brevidade, medidas adequadas, agravar-se-á nos próximos anos”, manifesta Cristina Rodrigues, líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Óbidos, pronunciando-se sobre a dívida de 11,6 milhões de euros da autarquia.

“As políticas de gestão do Município têm originado um aumento descontrolado das despesas correntes. Acresce o facto do aumento de parte das despesas não ser resultado do aumento da qualidade de vida da população, pois designadamente várias requalificações urbanas de localidades do concelho não passaram ainda de intenções e de promessas”, sustenta.

“Quanto às despesas de investimento, a pressa com que foram elaborados vários projectos originou erros graves que motivam trabalhos a mais, com custos elevadíssimos que são integralmente suportados pelo Município e boa parte eram evitáveis”, critica.

Segundo Cristina Rodrigues, “as consequências da actual política de gestão seguida pelo Município são o crescimento muito acentuado do atraso no pagamento aos fornecedores e empreiteiros e o aumento dos empréstimos bancários”.

A socialista reclama uma auditoria independente à Câmara Municipal de Óbidos e às suas finanças, mostrando-se preocupada com “a facturação não contabilizada dentro dos prazos legais, em montante superior a 1 milhão de euros, e detectado pelo Revisor Oficial de Contas”.

Cristina Rodrigues diz que se confirma a previsão feita pelo PS, há mais de um ano, de que a taxa de execução das receitas, relativamente ao inicialmente previsto, seria de cerca de metade: “Infelizmente, a nossa previsão é que está certa, porque a taxa de execução das receitas foi apenas de 50,8% (21,7 milhões de euros) em relação ao inicialmente orçamentado (42,7 milhões de euros)”.

“A amortização dos empréstimos bancários concentrar-se-á a partir do próximo mandato autárquico, o que revela pouca responsabilidade financeira, ao remeter para outros as limitações de investimento que resultam do serviço da dívida”, descreve a líder socialista.