O principal problema do PSD é que regrediu na confiança do país e dos portugueses. Se olharmos para 1991, ano da última grande e esmagadora vitória eleitoral do PSD, com Cavaco, o partido teve 2 902 351 de votos, quase 3 milhões. Em 1995 teve 2 014 589 de votos, em 1999 já só teve 1 750 158 de votos, em 2002, mesmo num cenário extremamente desfavorável para o PS de Guterres o PSD teve 2 200 765 de votos, e em 2005 teve o pior resultado de sempre com apenas 1 653 425 de votos. Ou seja, entre 1991, no auge do Cavaquismo, e 2005, na decadência do Santanismo, há uma diferença de quase um milhão e meio de votos do PSD que se perdem, quando a abstenção foi de apenas mais 3% em 2005. Nesse mesmo período o PS ganha cerca de um milhão de votos. São 16 anos, não são 16 meses, e já dão para se fazer um balanço.
Cavaco exauriu o PSD. Durante 10 anos acentuou tiques autoritários e afastou-se das pessoas. Chegados a 1995, com episódios como o da ponte 25 de Abril, o povo fartou-se e resolveu apostar na alternativa democrática. Com a crise do Guterrismo, que leva o próprio António Guterres a exilar-se politicamente, com um PS confuso, os cidadãos apostam numa alternativa de direita, mas pouco convencidos. Com uma oportunidade que lhes cai literalmente do céu, o PSD (e o PP) gere o país à linha de costa, sem alma nem ambição.
Reféns de uma Ministra das Finanças dura mas pouco eficaz, acentuam-se divisões e percebem-se clivagens. Durão Barroso percebe que nada pode fazer, aproveita a Cimeira das Lages, em que coloca Portugal na linha do terrorismo internacional, passando o país a integrar a mentira que foi a Guerra do Iraque, e no balanço vai para a Comissão Europeia.
Se Guterres virou as costas em face de uma derrota eleitoral (autárquicas de 2001), Durão vira as costas ao país por puro interesse pessoal. Pior, deixa o país entregue a Santana Lopes, o tal de quem o povo sempre gostou muito, mas que para primeiro-ministro não achou graça nenhuma. Nem durou 4 meses. O PSD usara a confiança dos portugueses para nos dar os dois piores primeiros-ministros da nossa história democrática. Em novas eleições o país mostrou bem o que achava desse PSD e de Santana Lopes para tão altos voos políticos.
Em suma, o PSD vem paulatinamente a acentuar uma prolongada crise partidária, chegando ao ponto de se render aquele que há dois anos o enterrou eleitoralmente.
O problema do PSD e de Menezes (ou Santana) é que o país não se confunde com o 40 000 militantes do PSD. Se aqui o populismo e a falta de qualidade renderam votos, no país não irão render. Pessoas como Rui Rio ou Aguiar Branco poderiam neste fase não ganhar o PSD militante, mas teriam certamente mais possibilidades de ganhar o país.
Em suma, Menezes é o fim da linha de uma decadência aprofundada do PSD pós-Cavaco. O país não confia no PSD, e vai voltar a ter que passar muito tempo até que volte a confiar.
Cavaco exauriu o PSD. Durante 10 anos acentuou tiques autoritários e afastou-se das pessoas. Chegados a 1995, com episódios como o da ponte 25 de Abril, o povo fartou-se e resolveu apostar na alternativa democrática. Com a crise do Guterrismo, que leva o próprio António Guterres a exilar-se politicamente, com um PS confuso, os cidadãos apostam numa alternativa de direita, mas pouco convencidos. Com uma oportunidade que lhes cai literalmente do céu, o PSD (e o PP) gere o país à linha de costa, sem alma nem ambição.
Reféns de uma Ministra das Finanças dura mas pouco eficaz, acentuam-se divisões e percebem-se clivagens. Durão Barroso percebe que nada pode fazer, aproveita a Cimeira das Lages, em que coloca Portugal na linha do terrorismo internacional, passando o país a integrar a mentira que foi a Guerra do Iraque, e no balanço vai para a Comissão Europeia.
Se Guterres virou as costas em face de uma derrota eleitoral (autárquicas de 2001), Durão vira as costas ao país por puro interesse pessoal. Pior, deixa o país entregue a Santana Lopes, o tal de quem o povo sempre gostou muito, mas que para primeiro-ministro não achou graça nenhuma. Nem durou 4 meses. O PSD usara a confiança dos portugueses para nos dar os dois piores primeiros-ministros da nossa história democrática. Em novas eleições o país mostrou bem o que achava desse PSD e de Santana Lopes para tão altos voos políticos.
Em suma, o PSD vem paulatinamente a acentuar uma prolongada crise partidária, chegando ao ponto de se render aquele que há dois anos o enterrou eleitoralmente.
O problema do PSD e de Menezes (ou Santana) é que o país não se confunde com o 40 000 militantes do PSD. Se aqui o populismo e a falta de qualidade renderam votos, no país não irão render. Pessoas como Rui Rio ou Aguiar Branco poderiam neste fase não ganhar o PSD militante, mas teriam certamente mais possibilidades de ganhar o país.
Em suma, Menezes é o fim da linha de uma decadência aprofundada do PSD pós-Cavaco. O país não confia no PSD, e vai voltar a ter que passar muito tempo até que volte a confiar.
3 comentários:
Quanto a tiques autoritários tem o PSD, no Senhor Presidente da Câmara de Óbidos, um ilustre representante. "Quem não é por nós é contra nós", parece ser o seu lema. A Democracia pressupõe o diálogo, opiniões diferentes, acertos: ninguém é dono da verdade! Esquecer isto é, a prazo, hipotecar a legitimidade para governar...
Pois a Democracia (poder do povo) pressupõe tudo o que consta no comentário 1. Mas não se confunda Democracia com PSD, são coisas totalmente diferentes. Veja-se o poder instalado actualmente em Óbidos.Estás comigo ou és meu inimigo. Já há muitos anos atrás se ouvia isto! É coincidência.
ora aí está uma verdade verdadinha, o danado do pirralho sai-me cá um lambareiro!
Enviar um comentário