José Machado critica a Câmara Municipal e o PSD

José Machado aproveitou a oportunidade do Jantar de Natal do PS de Óbidos para reafirmar o seu compromisso de, como vereador na Câmara Municipal de Óbidos, “procurar dar voz às causas justas defendidas pelas pessoas que têm dificuldade em se fazer ouvir”.O autarca criticou “a descoordenação na obra do Complexo Escolar de Óbidos, cujos trabalhos a mais ultrapassaram os 390.000 euros, o atraso com que foi preparado o lançamento do processo dos projectos dos Complexos Escolares do Alvito (próximo das Gaeiras) e do Furadouro (próximo da Amoreira) e levou a que se gaste muito mais dinheiro”.Por outro lado, apontou que “nos novos Complexos Escolares, não está a haver, como devia ser, uma correspondência entre o bom discurso e a prática sobre o ambiente, as energias renováveis e a necessidade da redução de emissões de CO2. Também ainda não está previsto o aproveitamento da água da chuva para utilização nestes complexos”. José Machado condenou “o excesso de exigências relativamente a alguns particulares e empresas (por exemplo: a exigência de levantamento topográfico para um pedido de informação prévia, que o Tribunal veio posteriormente a esclarecer não dever ser exigido)”, e lamentou que a Câmara tenha aprovado, na sua primeira sessão de Julho deste ano, “projectos que não estavam elaborados minimamente com as disposições legais (um dos projectos de especialidade que foi aprovado nem sequer tinha dado entrada na Câmara, o que é ridículo)”. Entre outras questões, apontou a necessidade de defesa do património perante os eventos massificantes na vila, fazendo notar que a vila de Óbidos ter cada vez menos habitantes. Referiu-se aos restaurantes construídos pela Câmara junto à Lagoa – “em zona de REN, não estão legalizados - são um mau exemplo e uma má gestão dos dinheiros públicos, por estarem há anos sem utilização”, às “dificuldades de relação com as Caldas, com outros municípios e com a Associação de Municípios do Oeste”, à “birra com o Ministro Mário Lino” e ao “preço da água mais elevado e tubagens antigas com amianto” e questionou “onde estão os moderníssimos cartões magnéticos para circularem de carro dentro das muralhas”.José Machado defendeu “reduzir o tempo de resposta aos cidadãos e empresas, tornando mais rápidos e transparentes os serviços”, a “fusão das empresas municipais para se reduzirem custos de funcionamento”, “resolver, de forma razoável, a questão no Bom Sucesso dos lotes destinados a moradias, em que a REN os abrangeu” e “repensar o desenvolvimento do concelho de Óbidos”. Seguidamente deu exemplos de medidas que visam uma maior e mais próxima participação dos cidadãos na vida do concelho, com destaque para a criação do Orçamento participativo. José Machado terminou a sua intervenção, defendendo que “o concelho de Óbidos deve continuar a ser uma maravilha para os que o visitam. Mas, acima de tudo, deve passar a ser uma maravilha para a generalidade das pessoas que cá vivem”.

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