quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cobrador de promessas

Há 19 meses atrás, em Outubro de 2006, ao Jornal de Leiria, Telmo Faria respondia assim a esta pergunta:

Em que fase está o processo de candidatura de Óbidos a Património Mundial?
Telmo Faria- Temos 26 equipas de investigadores, incluindo algumas universidades, a estudar a paisagem cultural de Óbidos. Trocam opiniões através de uma plataforma digital. Será o saber técnico a aconselhar os caminhos que devemos trilhar e não o contrário. A candidatura ainda não está decidida. Tomaremos uma posição definitiva no espaço de um ano.

Onde está a decisão? Este é um processo que nunca mais tem fim, e de tantas promessas, nunca se concretizou. É tempo de clarificar e de assumir.

5 comentários:

Anónimo disse...

Quanto dinheiro já gastou a Cãmara nisto?
Quando é que acabam estes estudos para a candidatura?
Quanto dinheiro é que a Cãmara ainda vai gastar com a preparação da candidatura?

Anónimo disse...

Isto foi tudo uma fantochada. Andaram a pagar favores políticos. O Telmo enchia a boca para falar disto mas agora anda calado como um rato.

Anónimo disse...

A candidatura de Óbidos a Património Mundial, só acontecerá se for uma decisão política ao mais alto nível. A Vila por si só, depois de todas as construções e alterações ao "estílo rustico", mais os eventos chocolate/natal, perdeu a corrida a PM. A paisagem cultural, pelos mesmos motivos não tem hipótese de conseguir o título.
É importante que se continue a estudar Óbidos mas talvez não com esse fim.
Mas já agora pergunto- Património Mundial para quê? É só uma questão de prestigio politico, o estado dos monumentos portugueses classificados PM não melhorou.
Poderia quanto muito refrear o gosto populista da edilidade e travar as construções "Tipo D.João de Ornelas". Isso seria muito bom.

Anónimo disse...

Concordo com a Josepha, na verdade hoje uma distinção de património mundial só serve para uma de duas coisas: ou um certificado de qualidade turística ou um bloqueio efectivo a toda e qualquer vontade e acção cuja aprovação é obrigatória pela comissão da UNESCO sediada junto do IPPAR. Assim, além de Óbidos não vir a beneficiar com a distinção a verdadeira razão pela qual não foram ainda apresentadas conclusões sobre os estudos é porque, na verdade, nada de novo e único existe. Isto é, para a distinção existir é necessário encontrar-se algo de único no caracter da candidatura. Ora, Óbidos, quer se queira quer não, não acrescenta nada de novo e único que justifique o reconhecimento como património mundial. Pois, de medieval só tem duas igrejas, de moderno (leia-se renascentista e estilo chão) só tem uma rua e meia dúzia de pequenos elementos; obras barrocas e oitocentistas existem em todas as aldeias... Em fim, doa a quem doer, grande parte da imagem actual do Óbidos é obra do século XX e de muitas e cuidadas atitudes do Pereira Junior, muito antes da «febre» por detrás da palavra património.

ideafix

Anónimo disse...

Ele não vai clarificar nada, porque não é fácil justificar aquilo que ele disse publicamente: "Há uma equipa de cerca de 100 técnicos a trabalhar na candidatura". A ser verdade, quanto tem custado esta gente ao herário público?