Aquando da discussão do Orçamento Municipal para 2007 o PS através dos seus deputados municipais teve oportunidade de dar conhecimento ao executivo municipal de quais seriam as suas propostas.
Para o Grupo Municipal do Partido Socialista a proposta de Orçamento do PSD para 2007 esquecia as questões verdadeiramente essenciais, naquelas em que a Câmara deveria ter um papel activo e consistente, são tratadas como questões menores. Por exemplo, há despesas irrisórias: os apoios a estratos desfavorecidos é de apenas 5000 euros; os serviços domiciliários aos mais idosos dispõe de apenas 5000 euros; os prémios de mérito à juventude de 5000 euros; todo o programa de incentivos à juventude é de apenas 40 000 euros; o Gabinete de apoio à família tem 750 euros para material; a educação ambiental tem 5000 euros; e as bolsas de estudo no ensino superior tem previsto apenas 28 000 euros.
Em contraponto há despesas demasiado avultadas: a pretensa candidatura a Património da Humanidade, prometida para 2005, custará em 2007 cerca de 360 000 euros (em 2006 já tinha custado 340 000€); a CMO, apesar da Obidus Patrimonium, gasta 180 000 euros em espectáculos e recriação histórica e mais 40 000 em promoção turística através de espectáculos; as empresas municipais recebem mais uma vez contratos-programa milionários em 2007 de cerca de 620 000 euros.
Aliás, no Plano Plurianual a Câmara prevê gastar com as suas empresas municipais cerca de 2 500 000 de euros até 2010.
O desenvolvimento rural, que o PS defendia que tivesse uma verba não inferior a 100 000 euros para desenvolvimento de projectos, tem apenas 30 000 euros.
O desenvolvimento rural, que o PS defendia que tivesse uma verba não inferior a 100 000 euros para desenvolvimento de projectos, tem apenas 30 000 euros.
De facto, o Partido Socialista, através do seu Vereador José Machado, fez chegar em tempo à Câmara Municipal um conjunto de propostas que acentuavam o financiamento na componente social de ajuda aos idosos e aos jovens, e que financiavam projectos de exploração das energias renováveis e em que se fazia um investimento sério no mundo rural.
Nenhuma destas propostas aumentava a despesa já que o Partido Socialista defendia que fossem reduzidos a metade do valor de 2006 os contratos-programa com as Empresas Municipais, a aquisição de serviços, as verbas gastas em publicidade, e ainda que reduzisse a metade o montante gasto na pretensa candidatura a Património da Humanidade.
O Partido Socialista defendeu ainda a fusão de ambas as empresas municipais do Concelho.
A tudo isto a Câmara Municipal disse “Não”.
Assim, este nunca seria o nosso orçamento, razão pela qual o Grupo Municipal do Partido Socialista votou contra o Orçamento para a Câmara Municipal de Óbidos de 2007.
Veremos o que nos reserva 2008.